Perfil evolutivo - A sua evolução até ao topo do futebol brasileiro foi muito rápida. De jogador de segundo plano, foi, na primeira metade de 2010, uma revelação do campeonato Paulista e, na segunda, a revelação do campeonato brasileiro. Este dado pode se considerado um risco, por haver pouco tempo de resposta do jogador em clubes de topo, mas entendo que aquilo que mostrou é suficiente para que se perceba o seu valor potencial.
Perfil táctico/técnico - Bruno César, no Corinthians, jogou muitas vezes a partir dos flancos (sobretudo do esquerdo), quer em 4-3-3, quer em 4-4-2. O seu comportamento táctico, porém, levava-o sempre para posições centrais, abrindo espaço para a entrada dos laterais nos corredores laterais (Roberto Carlos) e, ao mesmo tempo, promovendo zonas de densidade numérica na frente de área, onde o Corinthians gostava de centrar a sua posse no último terço.
Não é por acaso que marcou tantos golos no Corinthians, e seguramente manterá grande propensão goleadora, seja onde for. Isto, porque Bruno César tem uma enorme facilidade de remate e uma grande propensão para tentar esse recurso. Por outro lado, a sua movimentação no último terço é muito inteligente, procurando estrategicamente espaços para aproveitar segundas bolas ou passes atrasados. Muitos dos seus golos surgiram na sequência de cruzamentos, ainda que não em finalizações próximas da baliza.
Por outro lado, Bruno César contrasta um pé esquerdo de qualidade excepcional ao nível de todos os tipos de execução técnica (recepção, passe e remate), com alguma simplicidade criativa e ausência em fases mais precoces do jogo ofensivo. Em particular, não revelou grande propensão para assumir ou envolver-se na fase de construção. Nas zonas próximas da área, é muito objectivo, definindo normalmente linhas de passe simples ou forçando situações de finalização, mas não demonstrou especial apetência pelo 1x1 ou por iniciativas mais criativas. Isto, repito, apesar da sua notável capacidade de definição.
Defensivamente, não revelou grande intensidade/agressividade, mas também se revelou disciplinado tacticamente, não deixando de fazer os ajustamentos posicionais que a sua posição prevê. Não representará uma mais valia, mas também não deverá ser obstáculo de adaptação.
Futuro no Benfica - A primeira dúvida que me "assalta" tem a ver com o seu enquadramento no modelo: em que posição irá jogar? Para que posição foi pensada a sua aquisição? Da análise apresentada previamente, resulta que Bruno César pode ser candidato a ala, 10 ou avançado, mas também que não se encaixa imediatamente em nenhum desses papeis. Em particular, a sua pouca propensão para actuar em fase de construção, a confirmar-se, poderá ser um grande obstáculo à sua presença como 10, já que essa é uma parte importante da função desse jogador, num meio campo com apenas 2 elementos no corredor central.
Ou seja, Bruno César tem algumas características que o tornam num jogador de grande potencial, nomeadamente a facilidade com que se torna decisivo nos jogos. Faltará ao Benfica e a Jesus conseguir um enquadramento táctico adequado noutras vertentes do jogo. Um objectivo que pode não ser fácil, até pela qualidade da concorrência, e pressão de resposta imediata. A grande vantagem de Bruno César neste processo, poderá estar mesmo no facto de iniciar a época antes de outros elementos. Neste sentido, os primeiros jogos da época podem vir a ser fundamentais...
Não é por acaso que marcou tantos golos no Corinthians, e seguramente manterá grande propensão goleadora, seja onde for. Isto, porque Bruno César tem uma enorme facilidade de remate e uma grande propensão para tentar esse recurso. Por outro lado, a sua movimentação no último terço é muito inteligente, procurando estrategicamente espaços para aproveitar segundas bolas ou passes atrasados. Muitos dos seus golos surgiram na sequência de cruzamentos, ainda que não em finalizações próximas da baliza.
Por outro lado, Bruno César contrasta um pé esquerdo de qualidade excepcional ao nível de todos os tipos de execução técnica (recepção, passe e remate), com alguma simplicidade criativa e ausência em fases mais precoces do jogo ofensivo. Em particular, não revelou grande propensão para assumir ou envolver-se na fase de construção. Nas zonas próximas da área, é muito objectivo, definindo normalmente linhas de passe simples ou forçando situações de finalização, mas não demonstrou especial apetência pelo 1x1 ou por iniciativas mais criativas. Isto, repito, apesar da sua notável capacidade de definição.
Defensivamente, não revelou grande intensidade/agressividade, mas também se revelou disciplinado tacticamente, não deixando de fazer os ajustamentos posicionais que a sua posição prevê. Não representará uma mais valia, mas também não deverá ser obstáculo de adaptação.
Futuro no Benfica - A primeira dúvida que me "assalta" tem a ver com o seu enquadramento no modelo: em que posição irá jogar? Para que posição foi pensada a sua aquisição? Da análise apresentada previamente, resulta que Bruno César pode ser candidato a ala, 10 ou avançado, mas também que não se encaixa imediatamente em nenhum desses papeis. Em particular, a sua pouca propensão para actuar em fase de construção, a confirmar-se, poderá ser um grande obstáculo à sua presença como 10, já que essa é uma parte importante da função desse jogador, num meio campo com apenas 2 elementos no corredor central.
Ou seja, Bruno César tem algumas características que o tornam num jogador de grande potencial, nomeadamente a facilidade com que se torna decisivo nos jogos. Faltará ao Benfica e a Jesus conseguir um enquadramento táctico adequado noutras vertentes do jogo. Um objectivo que pode não ser fácil, até pela qualidade da concorrência, e pressão de resposta imediata. A grande vantagem de Bruno César neste processo, poderá estar mesmo no facto de iniciar a época antes de outros elementos. Neste sentido, os primeiros jogos da época podem vir a ser fundamentais...